terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ah, o amor ...



"As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas." (Norman Mailer)

Copiem. Decorem. Aprendam. Temos a mania de achar que o amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, buscamos o amor na internet, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros.
Ele certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarra-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade.
Há quem acredite que amor é medicamento. Pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima e, caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima.
Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: "Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu". Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas. O amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo.
Antes de estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar.
Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada. Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se auto-flagelam por causa dos erros que cometem.
Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é prêmio para quem relaxa. As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas. Aprendi. Decorei. Estou serena como um Buda. "Amar não é ter sempre certeza é aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém é poder ser você mesmo e não precisar fingir".
(Martha Medeiros)

6 comentários:

Maria Carol disse...

Um dos melhores posts que ja li. Os textos da Martha são excelentes! Assino embaixo e vou tentar aprender e decorar.
Parabéns Ju!

Saulo Prado disse...

Cuidem do seu jardim que as borboletas são conseqüências...

Eu cuido! Mas também estou à procura, vai que o amor seja cego...

Wanderley Elian Lima disse...

Excelente texto, cheio de verdades e um alerta ao neuróticos pelo amor como solução para tudo.
Beijos

Ricardo Rodrigues disse...

eu nao to procurando o amor, soh to me mostrando pra q ele, no caso ELA me encontre...

Daniel disse...

Gostei de saber que o amor pode ser uma recompensa. Se for assim estou sendo recompensado.

Não conheço o texto do Eistein a que vc se referiu no meu blog na minha postagem de quinta feira passada, pelo menos acho que não... se puder me falar o nome pra eu procurar te agradeço. Fiquei curioso.
Beijos

Dedinhos Nervosos disse...

Que texto mais lindo e sensato. Eu assino embaixo e nunca foi de procurar um amor. Os que apareceram foi assim, do nada... e foram ótimos. Estou para escrever um texto sobre isso há 1 século e gostaria de ter escrito esse, de tão perfeito :o)
Beijos!