segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Lindo poema!

Pra fechar o dia com chave de ouro, publico aqui um poema que recebi de um amigo:

EU APRENDI
William Shakespeare


EU APRENDI
que a melhor sala de aula do mundo
está aos pés de uma pessoa mais velha;

EU APRENDI
que ser gentil é mais importante do que estar certo;

EU APRENDI
que eu sempre posso fazer uma prece por alguém
quando não tenho a força para
ajudá-lo de alguma outra forma;

EU APRENDI
que não importa quanta seriedade a vida exija de você,
cada um de nós precisa de um amigo
brincalhão para se divertir junto;

EU APRENDI
que algumas vezes tudo o que precisamos
é de uma mão para segurar
e um coração para nos entender;

EU APRENDI
que deveríamos ser gratos a Deus
por não nos dar tudo que lhe pedimos;

EU APRENDI
que dinheiro não compra "classe";

EU APRENDI
que são os pequenos acontecimentos
diários que tornam a vida espetacular;

EU APRENDI
que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa
que deseja ser apreciada,
compreendida e amada;

EU APRENDI
que Deus não fez tudo num só dia;
o que me faz pensar que eu possa ?

EU APRENDI
que ignorar os fatos não os altera;

EU APRENDI
que o AMOR, e não o TEMPO,
é que cura todas as feridas;

EU APRENDI
que cada pessoa que a gente conhece
deve ser saudada com um sorriso;

EU APRENDI
que ninguém é perfeito
até que você se apaixone por essa pessoa;

EU APRENDI
que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

EU APRENDI
que as oportunidades nunca são perdidas;
alguém vai aproveitar as que você perdeu.

EU APRENDI
que quando o ancoradouro se torna amargo
a felicidade vai aportar em outro lugar;

EU APRENDI
que devemos sempre ter palavras doces e gentis
pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las;

EU APRENDI
que um sorriso é a maneira mais barata
de melhorar sua aparência;

EU APRENDI
que todos querem viver no topo da montanha,
mas toda felicidade e crescimento
ocorre quando você esta escalando-a;

EU APRENDI
Que quanto menos tempo tenho,
mais coisas consigo fazer.

Reta final

Momento de grandes definições na minha vida pessoal e profissional.
Hora de amolar as flechas, pois a pontaria já está certeira.
Toda concentração agora é pouco.
Prometi a mim mesma viver um dia de cada vez, sem ansiedade. De fato, estou muito tranquila.
Sei que o corpo vai doer um pouco, que excessos serão cometidos, e que amigos e familiares reclamarão a minha ausência, mas será tudo por uma boa causa.
Infelizmente irá faltar tempo para blog, twitter e facebook.
Dentro do possível, prometo me esforçar para acompanhar o dia a dia dos amigos seguidores e postar por aqui as minhas novidades.

Beijo grande a todos!

domingo, 30 de agosto de 2009

Findi

Final de semana de muito sol e céu azul em Bh. Ontem voltei pro twitter (joulino é meu username, quem quiser me seguir, será um prazer). Têm duas postagens públicas, as demais são só para os meus seguidores.
Depois fui "almoçar" no Pinguim, com amigas advogadas ... menos uma delas, que passou na magistratura trabalhista. Muitas bebemorações! Nem gostamos tanto de chopp assim, e conseguimos ficar 6h e 52 minutos por lá (tempo marcado na nota de serviços).
Ao chegar em casa percebi que o meu quarto rodava ... por que será?

Hoje acordei com um sol maravilhoso, fui correr, percebi que tem algo errado com o pneu novo do meu carro (ainda bem que tenho um super pai pra tratar desses assuntos). Agora tenho um pouco de trabalho a fazer, antes de sair pra almoçar. Tinha feito uma programação cultural pro final de semana, e quero ver se consigo salvar parte dela.

Bom domingo a todos!

sábado, 29 de agosto de 2009

Na toada da vida


Com a devida licença de um amigo, copiei um poema que retrata bem o meu presente:

Inexpugnável é o poder de recomeçar

Caindo para aprender se levantar
A cada passo em nova direção
Excomungamos os vícios de antigas decepções

Por isso abana a poeira é a lei
Construir castelos com as pedras que trupiquei
Ir para frente sem olhar para trás!
É assim que o tolo faz

Não tenha medo de assumir que errou
E erre de novo, mas sempre com amor
Pois só assim um dia aportaremos no cais
Trazendo no rosto um sorriso de paz.


Saulo Prado

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Nova meta: paciência



Ao abrir o meu e-mail hoje cedo, encontrei o texto do Jabor, que fala sobre a necessidade de se ter paciência. Não da paciência decorrente dos calmantes, mas sim daquela cultivada em nosso ser. Coincidentemente, se é que isso existe, estou lendo um livro que trata do mesmo assunto.

Bom, paciência nunca foi meu forte. Diga-se de passagem, não foi sem motivo que nasci de 8 meses. Pra piorar, sou advogada, e como todo advogado já descobri que não temos vida, mas sim prazos.

Só que acredito que estou aqui pra progredir. E assim sendo, hoje assumi um compromisso comigo mesma, de ser mais paciente com tudo. Acordei cedo, meditei e estou pronta pra encarar esse desafio. Por uma vida com mais qualidade, me proponho a me tornar uma pessoa mais paciente.

Um ótimo final de semana a todos!

PACIÊNCIA

Arnaldo Jabor

Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.

Por muito pouco a madame que parece uma lady solta palavrões e berros que lembram as antigas trabalhadoras do cais... E o bem comportado executivo? O cavalheiro se transforma numa besta selvagem no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma mala sem alça. Aquela velha amiga uma alça sem mala, o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é ansioso demais onde ele quer chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL...
SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Tempo de travessia


“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Arrependimento e remorso



O texto a seguir foi postado por um anônimo em meu blog:


Arrependimento e remorso, duas palavras que se confundem, mas que expressam sentimentos opostos.

Enquanto o arrependimento leva a atitudes positivas de renovação interior, o remorso gera atitudes negativas de condenação a si próprio.

Se o arrependimento induz à busca de mudança de atitudes e correção do próprio erro, o remorso cria na alma sentimentos de revolta, de culpa, de amargura, de anular-se interiormente.

Se o arrependimento leva a um crescimento interior pela fé que o inspira, o remorso leva à negação de si próprio pela falta de fé que lhe traria força e coragem para uma busca de renovação.

Pelo arrependimento, o homem aprende a não mais cometer o mesmo erro. Pelo remorso, ele se entrega a situações de desespero, que podem levá-lo à depressão, à loucura ou até mesmo a atentar contra a própria vida.

O arrependimento gera satisfação na alma ao reconhecer em si mesmo as imperfeições de que todos os seres humanos são suscetíveis, mas com a certeza de que poderá melhorar. Pelo remorso, porém, o homem nada percebe além da sua própria dor. (Irmã Maria do Rosário – médium: Lucia Cominatto)

Prezado colega anônimo, obrigada pela belíssima mensagem! No meu caso, ficou algum arrependimento sim ... mas logo passa!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Malabares














As circunstâncias atuais me fizeram lembrar da "tese da vida" de um amigo paulistano. De acordo com essa tese, somos todos malabaristas, e nosso malabares são os ramos da vida, como a família, o trabalho, o relacionamento, a saúde, etc.

Ainda de acordo com a tese, os malabares são feitos de vidro, e o único que não se quebra é o da família. Todos os outros, após uma queda, nunca mais serão os mesmos, mesmo que a queda cause apenas uma pequena rachadura. Alguns ainda podem ser substituídos, outros não.

Saindo da tese e voltando para a minha vida, cheguei à conclusão que não há verdade maior, principalmente quando se trata de relacionamentos. Mas por que será que tenho a maldita mania de tentar remendar esse malabar? Me faz bem esse excesso de sentimentalismo? Cheguei à conclusão que não se trata apenas de prorrogar um sofrimento, mas também de ampliá-lo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

J´adore!


São Paulo ... Moema, Liberdade, Jardins, sapatos, Leli´s, 25 de março (muitos balangandãs), L´Unico Lounge, Aji Bar (arquitetura mara), Bela Paulista na madrugada (adoro padarias!), Pátio Higienópolis, Mercadão, sanduba de mortadela, teatro, muito frio, chuva,Starbucks Coffee, Braugarten, Oscar Freire, Bela Sintra, quindim de damasco no Emporio Santa Luzia, Catedral da Sé, Páteo do Colégio, Bovespa, Túnel do Tempo (com direito a Marquesa de Santos, Maestro Carlos Gomes e Padre José de Anchieta), Marco Zero, Viadulto do Chá, Mosteiro de São Bento, Teatro Municipal, Risoteria .... ufa, muita coisa em poucos dias.

Foi muito bom relembrar o meu passado, mirando mais do que nunca no futuro. Se volto algum dia em definitivo pra Sampa, não sei. Acredito nas rodas do destino, parei de sofrer por antecedência ... em BH ou em Sampa, tudo que sei é que continuarei muito feliz.

Viajar é sempre muito bom, mas melhor ainda é voltar pra casa!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Taking a few days off


Férias e SP ... duas coisas que aparentemente não combinam, mas fazer o que se amo o multiculturalismo daquele lugar?
Como já morei por lá, serão dias de reencontros com pessoas e lugares, e tb de muitas descobertas. Desta vez vou a passeio, com o único intuito de curtir a programação cultural e os bons restaurantes da cidade.
Aguardem as fotos!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Frustrante!

Os avanços tecnológicos finalmente chegaram à Justiça Mineira, mas ao que tudo indica a mineirinha aqui continua parada no tempo.
Desde o início do ano, todos os processos no juizado especial de Belo Horizonte são digitais. Isso mesmo, não existe mais o processo físico. Com um simples cadastro, tornou-se possível não só o acompanhamento dos bichinhos, como também protocolar petições e até mesmo distribuir novas ações.
Mais que depressa fiz o meu cadastro digital e tratei de adquirir um scanner. Pensei comigo mesma: só vou ao juizado agora em dias de audiência.
Mas a minha realidade tem sido bem outra. Há algumas semanas fiquei horas tentando distribuir uma ação, sem sucesso ....
Hoje passei o meu horário de almoço tentando protocolar umas contra-razões, e mais uma vez não consegui ... será que ficar sem almoço realmente emagrece?

domingo, 16 de agosto de 2009

O famoso lado B ... compensa investir?



Hoje estava comendo uma pizza com amigos, quando não me lembro bem por causa de que comentei que não tem nada pior que pizza com muçarela (sim, essa é a grafia correta, quem duvidar procure no VOLP) vagaba, pois o queijo solta água e a massa fica crua. Pra minha surpresa ninguém nunca tinha pensado nisso como o motivo da massa crua, e eu acabei soltando uma revelação do meu lado B profissional, da época em que fiz hotelaria e aprendi alguma coisa sobre culinária.

Aí entramos na discussão se vale ou não a pena ter um lado B profissional. Na mesa eramos um grupinho de 7, todos na faixa dos 30, e tinhamos alguns exemplos de quem tinha investido na carreira em um único sentido, que não pararam para pensar em uma segunda hipótese profissional, e que hoje estão bem melhores na profissão do que aqueles que tocaram o lado B ... mas qual o preço que se paga?

No meu caso, o preço que estou pagando é alto ... se não fosse esse bendito plano B que coloquei na minha vida, já teria alcançado um importante objetivo profissional. Mas me sinto privilegiada em ter tido a oportunidade de voltar para o meu plano A, e sei que estou a caminho dos meus objetivos, e que o meu lado B, no futuro, em muito contribuirá na formação da pessoa que serei, que as experiências de vida dos diferentes países que morei me farão uma pessoa diferente, um verdadeiro curinga do mundo jurídico (vide postagem sobre O Dia do Curinga).

Rolou também a idéia de irmos todos morar em um mesmo prédio, sermos vizinhos ... dou a maior força, desde que a banda, plano B dos meninos da mesa, não seja de pagode ... afinal, ninguém precisa mesmo viver do plano B, não é mesmo?

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Gripe suína e José Saramago ... diretamente do blog do escritor

Artigo: Gripe suina: a primeira morte foi a da honradez

O Prêmio Nobel de Literatura, José Saramago, decifra sem meias palavras o que se esconde sob a atual epidemia de gripe suína neste brilhante comentário publicado em seu blog e que aqui transcrevemos. Ao findar a leitura, fica o peso da indignação. Não deixe de ler e comentar.
“Gripe suina: a primeira morte foi a da honradez
José Saramago
Há muito tempo que os especialistas em virologia estão convencidos de que o sistema de agricultura intensiva da China meridional foi o principal vetor da mutação gripal: tanto da “deriva” estacional como do episódico “intercâmbio” genético.
Há já seis anos que a revista Science publicava um artigo importante em que mostrava que, depois de anos de estabilidade, o vírus da gripe suína da América do Norte havia dado um salto evolutivo vertiginoso.
A industrialização, por grandes empresas, da produção pecuária rompeu o que até então tinha sido o monopólio natural da China na evolução da gripe. Nas últimas décadas, o setor pecuário transformou-se em algo que se parece mais à indústria petroquímica que à bucólica quinta familiar que os livros de texto na escola se comprazem em descrever?
Em 1966, por exemplo, havia nos Estados Unidos 53 milhões de suínos distribuídos por um milhão de granjas. Actualmente, 65 milhões de porcos concentram-se em 65.000 instalações.
Isso significou passar das antigas pocilgas aos ciclópicos infernos fecais de hoje, nos quais, entre o esterco e sob um calor sufocante, prontos para intercambiar agente patogênicos à velocidade do raio, se amontoam dezenas de milhões de animais com mais do que debilitados sistemas imunitários.
Não será, certamente, a única causa, mas não poderá ser ignorada.
No ano passado, uma comissão convocada pelo Pew Research Center publicou um relatório sobre a “produção animal em granjas industriais, onde se chamava a atenção para o grave perigo de que a contínua circulação de vírus, característica das enormes varas ou rebanhos, aumentasse as possibilidades de aparecimento de novos vírus por processos de mutação ou de recombinação que poderiam gerar vírus mais eficientes na transmissão entre humanos”.
A comissão alertou também para o fato de que o uso promíscuo de antibióticos nas fábricas porcinas - mais barato que em ambientes humanos - estava proporcionando o auge de infecções estafilocócicas resistentes, ao mesmo tempo que as descargas residuais geravam manifestações de escherichia coli e de pfiesteria (o protozoário que matou milhares de peixes nos estuários da Carolina do Norte e contagiou dezenas de pescadores).
Qualquer melhoria na ecologia deste novo agente patogênico teria que enfrentar-se ao monstruoso poder dos grandes conglomerados empresariais avícolas e ganadeiros, como Smithfield Farms (suíno e vacum) e Tyson (frangos).
A comissão falou de uma obstrução sistemática das suas investigações por parte das grandes empresas, incluídas umas nada recatadas ameaças de suprimir o financiamento dos investigadores que cooperaram com a comissão.
Trata-se de uma indústria muito globalizada e com influências políticas.
Assim como o gigante avícola Charoen Pokphand, radicado em Bangkok, foi capaz de desbaratar as investigações sobre o seu papel na propagação da gripe aviária no Sudeste asiático, o mais provável é que a epidemiologia forense do surto da gripe suína esbarre contra a pétrea muralha da indústria do porco.
Isso não quer dizer que não venha a encontrar-se nunca um dedo acusador: já corre na imprensa mexicana o rumor de um epicentro da gripe situado numa gigantesca filial de Smithfield no estado de Veracruz.
Mas o mais importante é o bosque, não as árvores: a fracassada estratégia antipandêmica da Organização Mundial de Saúde, o progressivo deterioramento da saúde pública mundial, a mordaça aplicada pelas grandes transnacionais farmacêuticas a medicamentos vitais e a catástrofe planetária que é uma produção pecuária industralizada e ecologicamente sem discernimento.
Como se observa, os contágios são muito mais complicados que entrar um vírus presumivelmente mortal nos pulmões de um cidadão apanhado na teia dos interesses materiais e da falta de escrúpulos das grandes empresas. Tudo está contagiando tudo. A primeira morte, há longo tempo, foi a da honradez. Mas poderá, realmente, pedir-se honradez a uma transnacional? Quem nos acode?”

Fonte: Blog de José Saramago

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Mineirão


Mesmo o jogo tendo empatado, mesmo tendo visto o meu time perder um penalti ao vivo e a cores, e diga-se de passagem a poucos metros de distância, continuo achando que e vale a pena uma ida ao Mineirão.
Tinha muito tempo que não ia, pois os homens da minha família e do meu circulo de amizades preferem torcer pra timinhos. Foi bom tornar a sentir o calor da minha torcida, a animação do jogo, ver o ponto final que um gol é capaz de colocar na discussão dos torcedores ... enfim, mesmo sem a vitória, valeu demais!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quadrilhas


Sei que junho, que é o mês oficial das quadrilhas, já passou ... mas tem algumas que infelizmente persistem em continuar a dança ...

Collor odiava Lula que odiava Renan
que amava Collor que odiava Sarney
que amava Pedro Simon que amava Lula
que odiava Sarney que já tinha amado Delfim
que não amava nem odiava ninguém, nem mesmo Suplicy
que falava mal de todo mundo (bem devagar) e os outros não aguentavam ouvi-lo sobre seu tema único, e ele ainda nem cantava Bob Dylan.
Lula foi para a Presidência da República,
Renan foi para a base aliada,
Collor virou lulista desde criancinha,
Suplicy continua falando (devagar)de seu tema único e cantando Bob Dylan,
Sarney foi para a Presidência do Senado e luta pela sobrevivência política,
quase todos viajaram por conta do Tesouro,
Delfim se transformou em conselheiro das mais diversas tendências políticas,
o gaúcho bravo Pedro Simon ficou com medo de Collor porque o olhou com raiva,
quem sabe não estaria querendo dar um tiro nele?
E um jovem militar bonitão conquistou o coração de Ideli, que não tinha entrado na história.


Estas frases se inspiram num belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade, um clássico da literatura brasileira. O nome do poema é "Quadrilha”.


Aproveito a data para parabenizar todos os colegas advogados, e o tema para lembrá-los da nossa importância e potencial para colocarmos fim às quadrilhas.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Basta acreditar!


Um famoso trapezista estava tentando encorajar um aluno a fazer acrobacias no alto de um trapézio de um circo, mas o rapaz não conseguia, pois o medo de cair não o deixava. Foi então que o professor lhe disse uma das mais extraordinárias frases desta vida: "Rapaz lance seu coração sobre a barra que seu corpo o acompanhará". O coração é o símbolo da atividade criadora. Lance seu coração sobre a barra quer dizer: Lance a fé sobre as dificuldades, em outras palavras, lance a essência espiritual de seu ser sobre os obstáculos que sua parte material o acompanhará. Então você há de crer que os obstáculos não tinham tanta resistência assim.

Acreditar nem sempre é fácil, mas faz toda a diferença. Não existe barreira capaz de resistir à nossa essência espiritual.

Bom final de semana a todos, e feliz dia dos pais aos papais!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sim, a primavera chegou mais cedo, mas infelizmente nem tudo são flores


Ainda não é primavera, mas o blog mudou de cara para acompanhar o espiríto de sua escritora, que está vendo flores por todos os lados.

Infelizmente nem tudo é doce ... acompanhem a refelxão a seguir:

O ano é 2.209 D.C. - ou seja, daqui a duzentos anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:

– Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

– Porque não existem mais advogados, meu anjo.

– Advogados? Mas o que é isso? O que fazia um advogado?

O velho responde, então, que advogados eram homens e mulheres elegantes que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, lutavam pela justiça defendendo as pessoas e a sociedade.

– Eles defendiam as pessoas? Mas eles eram super-heróis?

– Sim. Mas eles não eram vistos assim. Seus próprios clientes muitas vezes não pagavam os seus honorários e ainda faziam piadas, dizendo que as cobras não picavam advogados por ética profissional.

– E como foi que eles desapareceram, vovô?

– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, pois todo super-herói tem que enfrentar um supervilão, não é? No caso, para derrotar os advogados esse supervilão se valeu da “União” de três poderes. Por isso chamamos esse supervilão de “União”.

Segundo o velho, por meio do primeiro poder, a União permitiu a criação de infinitos cursos de Direito no País inteiro, formando dezenas de milhares de profissionais a cada semestre, o que acabou com a qualidade do ensino e entupiu o mercado de bacharéis.

Com o segundo poder, a União criou leis que permitiam que as pessoas movessem processos judiciais sem a presença de um advogado, favorecendo a defesa de poderosos grupos econômicos e do Estado contra o cidadão leigo e ignorante. Por estarem acostumadas a ouvir piadas sobre como os advogados extorquiam seus clientes, as pessoas aplaudiram a iniciativa.

O terceiro poder foi mais cruel. Seus integrantes fixavam honorários irrisórios para os advogados, mesmo quando a lei estabelecia limite mínimo! Isso sem falar na compensação de honorários.

Mas o terceiro poder não durou muito tempo. Logo depois da criação do processo eletrônico, os computadores se tornaram tão poderosos que aprenderam a julgar os processos sozinhos. Foi o que se denominou de Justiça “self-service”. Das decisões não cabiam recursos, já que um computador sempre confirmava a decisão do outro, pois todos obedeciam à mesma lógica.

O primeiro poder, então, absorveu o segundo, com a criação das ´medidas definitivas´, novo nome dado às ´medidas provisórias´ . Só quem poderia fazer alguma coisa eram os advogados, mas já era tarde demais. Estes estavam muito ocupados tentando sobreviver, dirigindo táxis e vendendo cosméticos. Sem advogados, a única forma de restaurar a democracia é por meio das armas.

– E é por isso que o mundo está acabando, meu netinho. Mas agora chega de assuntos tristes. Eu já contei por que as cobras não picam os advogados ?

--

Obs. Desvalorizaram tanto os professores que acabaram com a educação, cultura e os princípios básicos. (mais fácil manipular um povo inculto). O mesmo princípio de desvalorização assola os advogados e suas prerrogativas. (mais fácil manipular um povo inculto e sem direito à Justiça).

domingo, 2 de agosto de 2009

O dia do curinga



Não me importo em emprestar as minhas coisas, mas me incomoda bastante o fato de algumas delas não serem devolvidas. Um dos meus livros favoritos, O dia do curinga, já foi emprestado a muitos amigos, e sempre retornou. É um livro que gosto de reler todos os anos, mas que infelizmente esse ano ainda não consegui, porque a atual detentora do meu exemplar, apesar de já ter terminado a leitura, não o devolveu.

Pra diminuir um pouco a minha frustração, sai por ai catando alguns trechos do livro, e resolvi dividí-los com vocês:

"Riqueza, prestígio, tudo pode ser perdido, a felicidade em seu coração pode ser diminuída, mas estará sempre lá enquanto você viver, para torná-lo feliz de novo. Sempre que estiver sozinho ou triste, tente ir para o sótão num dia lindo e olhar para fora, não para as casas e os telhados, mas para o céu. Enquanto puder olhar sem medo para o céu, saberá que é puro por dentro, e encontrará a felicidade outra vez."

"'O curinga é unica carta do baralho que pode ser retirada sem afetar o jogo. Afinal, sua presença era apenas caos.''

"Um curinga é um pequeno bobo da corte; uma figura diferente de todas as outras. Não é nem de paus, nem de ouros, nem de copas e nem de espadas. Não é oito, nem nove, nem rei e nem valete. É um caso a parte; uma carta sem relação com as outras. Ele está no mesmo monte das outras cartas, mas aquele não é seu lugar. Por isso pode ser separado do monte sem que ninguém sinta falta dele."

"(...)
Quando ele acenou para o garçom e pediu a conta, perguntei:
- Pai, você acredita em Deus?
Ele se surpreendeu com minha pergunta.
- Você não acha um pouco pesado falar sobre essas coisas a essa hora do dia? - retrucou.
(...)
- Se realmente existe um Deus - continuei -, então ele adora ficar brincando de esconde-esconde com suas criações.
Meu pai riu da minha observação, mas eu sabia que concordava comigo.
- Talvez ele tenha tido um choque quando viu o que tinha criado - disse ele. - E então saiu rapidinho de cena. Você sabe... é difícil dizer quem levou o susto maior, se foi Adão ou o Mestre. De fato, acho que um ato de criação dessa magnitude provoca um susto tão grande tanto numa parte como na outra. Mas acho que pelo menos poderia ter assinado rapidamente sua obra-prima.
- Assinado?
- Sim. Ele poderia ter gravado seu nome nas rochas de uma montanha, por exemplo.
- Quer dizer que você acredita em Deus?
- Não disse isso. Pode muito bem ser que ele esteja sentado em seu trono lá no céu, rindo de nós porque não acreditamos nele.
'Exatamente!' pensei. Meu pai já tinha feito um comentário parecido com esse lá em Hamburgo
E então ele prosseguiu:
- Pois mesmo que ele não tenha deixado nenhum cartão de visita, pelo menos deixou o mundo. Acho que isso já é o bastante, você não acha? - Ficou calado por um tempo e depois disse: - Certa vez um cosmonauta russo e um neurocirurgião, também russo, discutiam sobre o cristianismo. O neurocirurgião era cristão, o cosmonauta não era. 'Já viajei muitas vezes para o espaço sideral' gabou-se o cosmonauta, 'mas nunca vi nenhum anjo.' O neurocirurgião primeiro ficou olhando para ele; depois disse: 'Eu já operei muitos cérebros inteligentes, mas nunca vi um pensamento'.
(...)"

“… ela disse ter lido na Bíblia que Deus está lá no céu e ri das pessoas que não acreditam nele.”

“… se há ums Deus, que nos criou, então de certa forma somos artificiais aos seus olhos. Falamos besteiras, discutimos e brigamos entre nós. Depois nos separamos e morremos. Mas nenhum de nós se pergunta de onde veio. Agenta simplesmente se contenta em estar por aqui, dividindo com os outros esse espaço.”

“Os anjos são mais inteligentes do que os homens. E eles são tão inteligentes quanto Deus, mas entendem tudo o que nós, humanos, somos capazes de entender, só que sem terem de ficar pensando sobre as coisas.”

“Se nosso cérebro fosse tão simples a ponto de podermos entendê-lo…, seríamos tão tolos que continuaríamos sem entendê-lo.”